O Ministério Público Federal pede a retirada da expressão "Deus seja louvado" das notas brasileiras. Para a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, a expressão fere a "laicidade" (que palavra horrível!) do Estado brasileiro.
Já o Banco Central argumenta que a referência religiosa é válida porque o preâmbulo da Constituição brasileira diz que a democracia foi formada "sob a proteção de Deus."
A expressão surgiu pela primeira vez nas notas brasileiras em 1986, nas cédulas de cruzado, por orientação do então Presidente da República José Sarney e mantidas nas cédulas de real por Fernando Henrique Cardoso, quando ainda era ministro da fazenda
O cardeal de São Paulo dom Odilo Scherer criticou a ação do MPF: "Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?"
A Procuradoria pede que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase em até 120 dias. Eque seja cobrada uma multa simbólica de R$ 1 por dia de descumprimento.
Fonte: The New York Times e Folha de São Paulo