Os conflitos na região vêm de longa data
Bandeira da Palestina à esquerda e de Israel à direita (Imagem: revista escola) |
Por volta de 3500 a.C., a região foi ocupada por vários povos, sendo que os cananeus foram os que mais se destacaram, até que os hebraicos passaram a disputar a área, isso por volta de 2000 a.C. Porém, a grande seca que assolou a região, por volta de 1750 a.C., fez com que os hebreus saíssem da região, passando a morar entre o povo egípcio. A permanência no Egito durou até 1250 a.C., quando os estrangeiros foram transformados em escravos, fazendo o povo hebreu retorna à Palestina, conduzidos por Moisés.
Por volta do ano 1000 a.C., os hebraicos conseguiram dominar totalmente o território palestino. Porém, algumas décadas seguintes, as tribos hebraicas promoveram a divisão do povo entre o reino de Israel e de Judá. No ano 70 d.C, os judeus se rebelaram contra os romanos, o que gerou muitos conflitos e obrigou muitos a abandonarem sua terra devido a superioridade militar romana. Conhecida com Diáspora, vários descendentes dos hebreus foram viver em outras regiões do planeta. Enquanto isso, a Palestina ficou sob o domínio do Império Romano. Devido a expansão muçulmana, no século VII os árabes passaram a viver no território palestino.
Cansado do exílio, no final do século XIX, os judeus passaram a desejar o retorno à terra natal, habitada em sua maioria por árabes, sob o domínio dos otomanos.
Com o fim do Império Otomano, a região virou colônia britânica, sendo instituído um "protetorado" (apoio de uma nação a outra menos poderosa) na região que atualmente é pleiteada por israelenses e palestinos, que durou de 1918 a 1939. A partir da Segunda Grande Guerra, perseguidos pelos nazistas, os judeus passaram a desejar mais ainda o retorno à Palestina.
O maior confronto entre israelenses e palestinos se dá em torno da soberania e poder sobre terras que envolvem complexas e antigas questões históricas, religiosas e culturais. Árabes e judeus reivindicam os lugares onde se encontram os monumentos mais sagrados. A ONU tentou dividir a região, oferecendo 55% aos israelenses, mas a Palestina recusou-se a aceitar a presença no território, de um povo não árabe.
Depois que os ingleses deixaram as terras ocupadas, a situação piorou, já que os judeus anunciaram a criação do Estado de Israel. Então, Egito, Iraque, Síria, Líbano e Jordânia deflagram um grande ataque contra os israelense, em busca de terras. O Egito conquistou a Faixa de Gaza, a Jordânia obteve as áreas compostas pela Cisjordânia e por Jerusalém Oriental e os palestinos ficaram sem qualquer espaço nesta região.
Em 1964 foi criada a Organização para a Libertação da Palestina - OLP - e seu objetivo era lutar pela criação de um Estado Palestino Livre. Em 1967 o Egito passou a impedir a passagem de navios israelenses e também passou a ameaçar as fronteiras israelenses situadas na península do Sinai, enquanto Síria e Jordânia colocaram seus soldados nas regiões de fronteira com Israel. Porém, antes de sofrerem um ataque, os israelenses deram início à Guerra dos Seis Dias e conquistaram parte da Faixa de Gaza, do Monte Sinai, das Colinas de Golã, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Em 1982, Israel deixou o Sinai, cumprindo um acordo assim com o Egito, em 1979.
No ano de 1973 começa a Guerra do Yom Kippur, com uma aliança entre os estados árabes, liderados por Egito e Síria contra Israel. Este confronto gerou uma grande crise no Ocidente, já que os árabes boicotaram o envio de petróleo para países que apoiavam Israel. Mesmo assim os israelenses saem vitoriosos, com acordos estabelecidos em Camp David, no território norte-americano. O Egito assina um tratado de paz com Israel, este ato teve como consequência a expulsão do Egito da Liga Árabe. No entanto, a paz não dura muito.
Em 1982 os israelense atacam o Líbano. Cinco anos depois ocorre a primeira Intifada (revolta dos palestinos contra os abusos feitos por Israel). Em 1988, o Conselho Palestino não aprova a Intifada e aceita a divisão promovida pela ONU.
No ano de 1993, criou-se a Autoridade Palestina (através do Acordo de Paz de Oslo), tendo com líder Yasser Arafat, mas os palestinos não cumprem as cláusulas do tratado.
Ariel Sharon assume o cargo de primeiro-ministro de Israel em 2001, um anos depois de os palestinos terem organizado uma nova Intifada. Israel invade outra vez terras palestinas e começa a levantar uma cerca na Cisjordânia para evitar atentados de homens-bombas.
Em 2004 Yasser Arafat falece e é substituído por Mahmoud Abbas. Na mesma época os israelenses recuam e acabam com os encraves judaicos nos territórios ocupados. Mas as adversidades permanecem.
Em 2006, o Hamas (grupo contrário ao Estado de Israel) assume o Poder na Palestina, eliminando qualquer tipo de negociação. A possibilidade de criação de um Estado Palestino era grande, mas com a eleição do Hamas (ainda não reconhecido pela comunidade internacional) as tentativas de paz se tornaram escassas. Ainda em 2006, atingido por um derrame cerebral, Ariel Sharon se afasta e Ehud Olmert assume interinamente, sendo consolidado no poder pela vitória do seu partido nas eleições.
Atualmente, a grande maioria dos palestinos e israelenses concordam que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza deveriam formar o Estado Palestino. Hamas e Fatah uniram-se para a instauração de um governo de coalizão (derramando muito sangue palestino), porém esta união não foi suficiente para trazer a Palestina de volta à mesa de negociação.
Fonte: Info Escola, Brasil Escola, Wikipedia, Nova Escola